sábado, 19 de janeiro de 2013

Mundo Sub-Real Parte 3

Pulando os muros, entrando e atravessando quintal das pessoas, sem pensar, sem parar, para poder descansar, a única coisa que via na minha frente era o meu objetivo de chegar ao fim daquele bairro e poder passar para o próximo bairro, e mim esconder na casa de uma amiga, não importava o que eu tinha que fazer para conseguir chegar lá, algumas vezes tendo até que passar por dentro da casa das pessoas, sem poder parar nem para pedir desculpas, a única coisa que podia fazer era correr.
Já sem forças e cansado, a única coisa que me mantia de pé para prosseguir, era o medo da morte, estava já no fim do bairro, quando avistei a ponte onde me levaria ao próximo bairro, criei esperanças corri um pouco mais rápido, e consegui chega a ela, já em cima dela parei para respirar, e olhei para trás para ver se eles estavam muito perto, ou se estavam de uma distancia, onde eu poderia ficar mais calmo, olhei para o bairro e vi que os homens estavam vindo rápido, mas estavam muito longe, parecia até não saber onde eu estava, mas assim que eu olhei em direção a pista, a van estava vindo, e estava muito rápida, logo fiquei nervoso e atravessei a ponte, chegando ao outro lado, tinha uma pista para atravessar, não tive tempo para parar pra pensar, a unica coisa que fiz foi olhar em frente e correr, quando estava perto de chegar ao outro lado, um filho da puta em uma bicicleta bateu em mim, foi quando cai no chão, e mesmo naquele momento eu me senti como o cara mais sortudo que existia, pois o desgraçado, pé-rapado, estava andando devagar, sem dar explicações levantei rapidamente e voltei a correr, a van cada vez se aproximava mais de mim, começaram a atirar com os tranquilizantes, e a cada vez mais que eu via os tranquilizantes passarem por mim, eu perdia as esperanças, mesmo estando tão perto, entrei por um beco para cortar caminho, onde a van não entrava, isso me deu um pouco mais de tempo, quando avistei a casa dela me aprecei e chegando ao portão da casa dela, comecei a bater e chamar ela.
- Karina !!! Karina !!! Karina !!!
Em seguida ela veio correndo me atender, e perguntou.
- Por que esse desespero todo ?
E eu respondi.- Depois eu explico, abra antes que for tarde.
E ela abrindo o portão perguntou.
- Tarde para que ?
E eu respondi.- Depois eu te explico.
Assim que ela abriu, eu olhei para trás e a van estava a poucos metros de mim,e eu olhei para ela e falei.
- fudeu ! já era ! é tarde demais.
        

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